... consiste na mais pura tracção involuntária e inexplicável entre dois corpos que se clamam.
... é recheada de prazeres sentidos a um nível superior, o que eleva ainda mais a tracção da atracção.
O movimento que descrevem estes corpos, em jeito de marionetas, ao sabor de uma tracção com um destino guardado num qualquer GPS invisível. Razão? Qual razão? Completamente ultrapassada e aniquilada na viagem de tracção em que giramos para colmatar numa atracção visceral... instintiva... primitiva... Explicação? Não existe. Esta é uma tracção movida a apetites, a desejos, ainda que incompreensíveis, mas desejos.
A atracção impele-nos num abismo ascendente enquanto se consome, mas descendente enquanto se move. Na busca reside o poder da tracção. Na conquista o sabor da atracção. No almejar a dor. No ter o prazer. Uma balança ímpar que nos comanda além do pensamento... Esse só serve na busca, e mesmo assim contemplamos erros tão banais quando nos vemos cercados de placas indicadoras do caminho certo.
Se a tracção aumenta o prazer da atracção, saibamos alegrar-nos com o sabor do percurso. Agridoce é certo, mas no fim, a atracção não seria preenchida pelos mais altos clamores e gemidos, se a tracção fosse breve. Uma tracção conquistada a duas velocidades. de um lado pode acelerar, mas o outro vai certamente desviar-se do curso em percorriam em conjunto.
"Chegou ao destino!", grita o GPS...
Quando esta percepção nos atinge... já não há tempo para palavras. A tracção termina num esfregar de peles, num jogo de braços e mãos que apalpam, apertam, espremem... bocas que sugam, beijam, mordem, lambem... sexos que se assaltam a um ritmo avassalador, dependente da sofreguidão da tracção... atracção é isto... e muito mais!