segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Eu (4) ...
Tempo de reflectir... Tempo de olhar para trás e contabilizar o que ficou por fazer. Porque o que foi feito, feito está. Aconteceu. Viveu-se. Através de memórias podemos voltar a sentir o bom e o mau de 2013. Dizem as vozes que não devemos viver do passado. Concordo. Mas também acho que nos devemos olhar ao espelho e observarmo-nos de fora. Faz-nos bem. É difícil mas faz falta. Evoluímos, e é isso que nos faz melhores.
Eu estou melhor. Consegui resolver muita coisa e segui em frente. Por enquanto ainda é uma estrada sinuosa que tenho que percorrer. Mas irá tornar-se certamente num caminho mais aprazível. Sinto-me bem comigo (confesso que foi uma jornada longa). Tento agora olhar em volta e perceber que mãos me ajudaram a chegar mais longe. Reconheço-as diariamente em mim. Empenho-me em agraciar esses corações valentes que não temeram fazê-lo comigo. Porque considero que essa humildade nos refresca a Alma.
Admitir os nossos desejos em voz alta. Receber de braços abertos vontades e impulsos. Torna a vida apetecível. Não abdicar de sentimentos. Não desistir do que mexe connosco. Não recear o desconhecido. Atira-Te. Vive-Te. Gosta-Te. A euforia é o orgasmo da Alma.
Há quanto tempo não Te vens??
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Palmoteada...
Vontade de ser invadida em todos os sentidos pela Tua dureza. Irremediavelmente invadida. Fatalmente penetrada uma e outra vez. Dolorosamente afagada pelas Tuas mãos possantes. Quero que me agarres de forma implacável. Que evites que eu me movimente. Que me forces a procurar prazer em Ti. É insanável esta urgência em esgotar energias no Teu corpo. Esvair o corpo em prazer exclamado. Derreter todos os músculos tal o fogo que nos rodeia e que se liberta em gotas salgadas que lambo na Tua pele. Apetece-me ser consumida em toda a extensão do meu desejo que Te esforças por lamber em torrentes por entre as minhas pernas...
And you? What do you want?
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Numb...
Passo a noite na madrugada do teu corpo. Divago por entre histórias contadas, versadas em sexo audaz. Um sexo por demais guloso, impregnado de um desejo quase absurdo até. Há conexões que são cravadas a ferros em peles que se consomem, por vezes em lume brando, outras repletas de labaredas quase dolorosas pela resistência que lhe fazemos. Empurramos portas sem cerrar o trinco. Desviamos o curso na primeira esquina como que a evitar o embate. Inútil. Inútil perante a gravidade que atrai peles que se queimam uma e outra vez. Um queimar de desejo, tal a insanidade de ambos em se consumirem. O magnetismo aterroriza e exige uma força maior sempre que se lhe queira fazer frente. Mas também traz inevitabilidade, pois existem fomes e peles que não sobrevivem sem o timbre alheio, na ausência da marca que lhe pertence. A sensação de completo, de cheio, nunca chega. Um sinal que não é possível obter. Fodemos. Fodemos uma e outra vez para sobrevivermos um no outro. Fodemos sempre na busca de um recheio que quase sempre se olha incompleto...
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Sleeping...
Banqueteio-me a observar-te o corpo suado, cansado, saciado. Entre um grito e um afago, alimentámos a gula sem clemência. Como uma necessidade impreterível. Com uma precisão desesperante. Onde o meu corpo organiza o teu. Por cada alternar de ritmo ou direcção, movemo-nos em busca do novo encaixe onde podemos sublimar o que nos une. Amamo-nos sem pedir licença, sem palavras desnecessárias proferidas em vão. O olhar de um verbaliza o "sim, permito" de que o olhar do outro precisa. Depois de engolido o desejo, deitamos o sexo sobre os lençóis do orgasmo. Adormecemos esse mesmo sexo que latejou com fervor e explodiu em prazer, tendo sido salpicado com gotas do mais puro sentir, do mais intenso consumo.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
What now?...
À hora marcada lá me telefona ele. Queria saber se já me tinha masturbado. Se tinha realizado o ritual indicado enquanto ele se ausentava numa viagem. Acenei com a cabeça, sem que ele me pudesse ouvir, por vergonha de admitir que o tinha cumprido. E repetido! Sentir a minha pele a arder de desejo. Sentir as suas mãos possessivas em mim, mesmo com ele ausente. Tocar-me ao comando de uma voz que me chega ao ouvido rouca de excitação, exalada repentinamente. Decerto acompanhada de um desejo visível nele, assim eu pudesse erguê-lo por entre os meus dedos. Conheço tão bem aqueles traços vigorosos de uma masculinidade que me preenche a cada momento. Um poder exercido a cada penetração. Um gemido que se perde num compasso ritmado. Desejos múltiplos que realizas a cada viagem. Ensinas-me a ser mais tua. Penetras-me a consciência num prazer partilhado. Exaltas-me a pele com um fervor alucinante. Arrepias os limites da minha Luxúria que esticas sem contemplação. Impulsionas mais uma vez. Imploro-te pelo orgasmo para onde me transportas pelas curtas palavras que proferes. Afagas um desejo crescente que me faz tremer as pernas. Comandas o prazer que me concedes... E desligas...
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Peles que gemeram...
Sem máscaras nos mostrámos... À hora marcada lá tocámos à porta para uma noite repleta de Luxúria.
Brindámos e celebrámos o prazer. Dançámos e aquecemos os corpos frios e ansiosos. Ansiosos de um toque. Ansiosos de um beijo. Um aperto.
De trocas surgiram os carinhos e afagos próprios que quem estava desejoso de tirar a pouca roupa que envergava. Calores encheram o ambiente. Mãos despiram roupas, puxaram meias, tiraram cuecas. Línguas lamberam peles, sugaram lábios, beijaram prazeres.
Barreiras ultrapassadas, muros destruídos, beijos partilhados em uníssono com gemidos colectivos.
Foi bom, muito bom sentir o Teu beijo! Foi agradável sentir a Tua correspondência aos meus desejos. Foi um deleite ouvir-Te falar...
A memória enche-se de prazeres devolvidos e partilhados. Conversas e gemidos abafados. Guarda a história quem por lá andou. No segredo se guarda o prazer! Foi um atrevimento!!!
(E Tu?)
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