A partilha.... Sabes o que é partilhar? Sabes que vontade é esta que eu tenho? Sabes o que é sentir que todos os segundos são perdidos quando não te sinto? Chego a transportar as dores que me afligem para o meio das pernas. Concentro ali tudo o que sou. E não deixa de ser o sítio onde mais gostas de estar.
Não por fome, mas não deixo de me sentir esfomeada de ti.
Todos os prazeres são armas. Armas de alto calibre. A minha vagina é uma 38 escondida... E queres fodê-la não é? Estou a caminho de ficar sem cuecas. Vejo nos teus olhos o descontrole, o desassossego, o inalar profundo do meu cheiro, do meu perfume. O prenúncio do prazer dilata os corpos, dilata os poros. Consigo antever o teu pénis erecto a pronunciar-se , a dar o seu voto na matéria, a assinar a folha de presenças. Não pretendo desperdiçar a tua erecção. Quero sentir o teu sexo. É a extensão que me falta. A extensão que me completa quando revelas a imponência da tua erecção.
Olho em volta, e movem-se corpos ao sabor do sexo. Não é sexo fácil. É antes um declarar de novas posições como que o aclamássemos de difícil. Roupas que se despem, sôfregas mas ainda assim saboreadas. O êxtase estampado em peles brilhantes e ansiosas. Sexos erguidos, prazeres que escorrem de uns para outros, suspiros exalados, braços que se atropelam, beijos que percorrem a pele ardida. Mãos que são bocas. Bocas que são mãos. Quantos sexos é preciso abrir? Quantos sexos é preciso saborear como tentativa de uma saciedade enganadora? Degustam-se corpos como a um banquete.
E fode-se. Fode-se a toda a hora. Gosto tanto de foder. Exactamente como quero e apenas o que quero. Quero mudar de foda. E mudar de homem. E mudar outra vez!!