terça-feira, 30 de setembro de 2014

Demência!




Hoje não estás e o meu corpo queima. A pele ardente inflama os sentidos, clama pelo toque intenso, verbera por beijos teus, estremece pelo prazer demorado.

Hoje não estás e a memória do teu sabor enche-me a boca. O salgado da tua pele e a boca que constrói os ossos do teu olhar, a saliva do teu nome e os arrepios na carne que a tua voz provoca.

Hoje não estás e o silêncio abraça-me. Há momentos de ausência, esquecidos, quando não me habitas por dentro. Gosto do calor das tuas trevas quando te recebo. Gosto da maturidade absoluta dessa tua demência de mim.

Hoje não estás e sinto o pedaço húmido para onde me levas. Enlouqueço nos corredores da carne. Percorro o impulso da carne. Dedilhas em mim o prazer.



10 comentários:

  1. Doce Eva,
    afortunado "o que mesmo não estando" .... te deixa assim ....

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  2. Isto é assim, logo de manhã a escrever à máquina?!

    Lust-miúda, Lust-miúda!!!

    Beijinhosssssssssssss***************
    (na testa)

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    1. ohh miúdo... logo de manhã é que se começa! :P

      Beijossssssss madrugadores na testa!

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  3. Mesmo quando ele não está, sabes o cheiro e o toque. Sabes cada caminho já percorrido por ele. E isso é tudo :)
    Beijos :)

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    1. Marcas que perduram num e noutro corpo, por entre ausências!

      Beijossss Imprópria :)

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  4. Sinto aqui o cheiro do teu sexo e do aroma do teu dedilhar inunda minha vida.... Delícia de bucetinha....maravilha de poema!!!

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    1. Sempre tão elogioso PDR ;)
      Gosto de saber que te deliciaste.

      Beijos Luxuriosos :)

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