sexta-feira, 29 de novembro de 2013

De mãos cheias....




Sabiam que se valia a pena, só podia ser aquilo. O aperto, a Luxúria, a asfixia, o prazer, o toque lascivo, o arrepiar da pele. Um chega após o outro. Três. São três que se combinam, que se partilham, que se descobrem. Todos se olharam sem se verem. O reencontro de gentes que não se cruzam. O abraço de peles que vibram em uníssono. A urgência de um check-in. A ansiedade de um sorriso acolhedor. O conforto de um quarto.
Quando os corpos de encontram, os olhares confirmam vontades confessadas. As vestes são despidas. A pele é afagada, arrepiada, apertada, Os traços da face são beijados. Os contornos do corpo são reconhecidos, incendiados. Seguiu-se a sedução. O sopro leve na pele quente. O gemido arrancado por afagos de volúpia entre lábios húmidos. A quatro mãos. Lábios inundados a quatro mãos. Ora da esquerda, ora da direita. Ela exala um prazer há muito contido que se prolonga pelo toque plural que lhe inunda o sexo molhado.
Sente-se uma parede fria na pele. Um aperto entre corpos que se presenteiam em beijos. Beijos de sabores diferentes. Beijos de sabores iguais quando passam pelos mesmos lábios sedentos. Sedentos que sejam sugados. Desejos erguidos que são afagados por mãos de uma mesma dona. Corpos juntos ligados por duas mãos que estimulam vontades, que aprontam desejos, que antecedem um prazer múltiplo.
CorpoS que fodem com fervor, com gula, com Luxúria, com prazer.
Uma cama almofadada que serve de cenário. Primeiro um corpo. Depois outro corpo, e outro corpo. Arfam em conjunto de puro contentamento. Fodem-se. Lambem-se. Preenchem-se. Descobrem-se.
Três corpos aos quais se juntam mais corpos. Nus. Despidos de medos. Múltiplos corpos que se derretem. Esfregam, sucumbem ao prazer beijado, soprado, lambido, apertado. Voraz e Descomplicado. Intenso e Provocante. Provocado e Seduzido.
Lençois que se embrulham e se molham do que escorre dos corpos entrelaçados. Corpos que só podem ser-se por instantes partilhados, cúmplices. Fica a certeza da intensidade com que se foderam....


Um até já coberto de beijos molhados....

domingo, 10 de novembro de 2013

Gula...



Sentir a tua pele na minha. Inalar o teu cheiro. Saborear o teu paladar.
Os teus sentidos preenchem-me com sensações.

É no teu olhar que recebo o desejo. É na tua respiração que percebo a satisfação. É na tua pele que encontro o orgasmo sublime. É na tua boca que viajo em tremores. É o teu cheiro que me excita.

Reter-te entre as minhas pernas. Anseio olhar-te quando a tua boca não pode falar. A forma como prendes o meu olhar no teu. Observas enquanto me excitas. Observas enquanto me devoras com a língua, em movimentos errantes, dispersos, desconexos. Prolongas para me torturar. Por cada círculo que desenhas em volta do meu clítoris, desvias o teu curso em seguida num contínuo enlace de prazer. Antecipas o momento em que me vais fazer pedir-te que não pares. De súbito terminas. Sopras onde eu preciso que me chupes. Fazes vibrar a memória da gula com que outrora me devoraste. E observas. E apertas. Sugas. Sugas uma excitação urgente. Esvazias uma luxúria permanente.

Encosto na parede fria a tua pele ardente. Ardente de mim. Pedes que te receba dentro de mim. E é com desmesurada contenda que me posiciono de frente para um cálice de luxo. Tu comandas o quanto eu vou receber. Fecho os lábios inchados em torno de um desejo rijo. Percorro com a língua molhada a tua pele pulsante de excitação. Engulo gotas de um prazer antecipado. Controlas a velocidade. Fazes-te aparecer e desaparecer dentro da minha boca. Agora sou eu que prende o teu olhar no meu. Controlas a tua excitação e a minha. Decides quando te queres vir. Decides quando me darás o prazer do teu orgasmo. Do meu orgasmo.