sábado, 10 de janeiro de 2015

(In)Verdades ...





Assumo que tenho o defeito terrível de levar os esclarecimentos ao extremo. Porquê? Porque sempre me esconderam a verdade. E mesmo rodeada de palavras nunca estamos certos do certo. De asas agrilhoadas tento atingir a outra margem em busca de alimento. De percalço em percalço faço viagens atolhadas em tombos. Sempre em busca do que não se clarifica. Daí a violência desmedida da auto-punição.

Os boatos são criados por pessoas invejosas, espalhados por tolas, e aceites por idiotas. A palavra Amor anda vazia. Não tem gente dentro dela. Todos o almejam mas ninguém se rende. É obrigatório usar o Amor. Todas as formas dele. A pedra talha-se na violência dos sentidos, no peito que referve, nas lágrimas esparramadas como vinho.

5 comentários:

  1. Lust... que texto intenso? Lindo, forte... li duas vezes...
    Imagino ter algo forte por detrás desse post.....
    Muito forte!!!!

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    1. Agradeço o carinho PDR, todos temos as nossas "pedras" no caminho :)

      Beijos Luxuriosos

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  2. “Lembro-me é de quando na nossa primeira noite eu te disse que te amava e tu disseste também te amo. Hei-de lembrar-me decerto ainda de quantas outras palavras me disseste. Mas agora quero ouvir apenas essa tua palavra ardente em que toda a vida se me consumiu. E do sim gentil no pátio da Universidade e em que tudo começou. Também te amo. Sim. E é estranho como uma vida inteira se me resuma a uma palavra. Possivelmente por ser a única a dizer tudo o que valeu a pena saber.”
    ― Vergílio Ferreira, Cartas a Sandra

    Do meu autor favorito.

    Eu sempre te contei a verdade e, depois de a saberes, nada fizeste para o dito esclarecimento que exageras em fazer, como dizes.
    João Isidro Sanona

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    1. Bonito texto, não conhecia, obrigada!

      Tens razão, João
      Fica bem!

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    2. Não te vou permitir que venhas aqui insultar-me.
      Se quiseres fá-lo na minha cara.

      Obrigada!

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