quarta-feira, 3 de abril de 2013

De(S)armada...




... quando me surpreendes ao agarrar-me por trás no meio do corredor. Nem te senti a chegar, e já me estás a abrir o fecho das calças, já sinto as tuas mãos em mim a explorar-me. Numa pressa desvairada, colas o teu corpo ao meu, pressionando-o contra a parede fria. Esse teu corpo que segura o meu, sem hipótese de fuga, porque me queres assim presa, irremediavelmente entregue às tuas fantasias e ao teu desejo, porque me desejas submissa à tua vontade... E consegues, tal é o meu vício nas tuas palavras, tal é a minha Luxúria pelo teu desejo, porque também gosto de te sentir dono de mim... Beijas-me com uma incansável dependência, exploras todo o meu corpo numa cadência lenta mas ao mesmo tempo devoradora. 
Fazes durar o momento que é efémero, porque não temos tempo para mais, libertamo-nos da realidade onde o tempo deixa de ser tempo e passa a ser Sensações... desarmadas de regras, desarmadas de tudo...



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